Em pronunciamento realizado na Assembleia Legisltiva, o deputado De Assis Diniz (PT) criticou o tarifaço praticado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que segundo ele, busca recuperar a economia americana, que está em crise, principalmente por conta da perda da corrida tecnológica para outros países, como a China. Segundo ele, a direita brasileira comemorou a vitória de Trump e agora o Brasil passa pelos efeitos negativos da eleição do presidente republicano.
“Fico preocupado porque ainda tem gente falando que a saída pra escapar desta aventura é vender a Petrobras e privatizar os bancos públicos. Ora, a melhor resposta é justamente o inverso: preservar nosso patrimônio para resguardar nossa soberania, numa conjuntura onde o mundo inteiro está tenso com o que pode vir a acontecer”, defendeu o petista.
De Assis lembrou que o Brasil teve ampla maioria de presidentes de direita, que sempre atrelaram suas políticas econômicas aos interesses dos EUA, sem sucesso. “Os Estados Unidos querem crescer às custas do mundo, enquanto alegam que o mundo cresceu às custas deles. Essa narrativa não corresponde à realidade. O ataque ao Estado de bem-estar social ameaça conquistas históricas dos trabalhadores e amplia desigualdades em todo o mundo. O Brasil precisa dar respostas à altura, sem comprometer os interesses da população”, afirmou.
Na avaliação dele, os Estados Unidos precisam negociar individualmente com os países que têm negócios e serão impactados. “Essas medidas, feitas no mundo todo, será para o Brasil, em um primeiro momento, impactante. Mas ela será revertida para nós, do ponto de vista do comércio, em grandes vantagens. É, talvez, o momento oportuno para a gente compreender que o Brasil precisa se proteger”, disse.
O deputado Acrísio Sena (PT), corroborou com o colega, apontando para os riscos de uma grande “depressão, como a que ocorreu em 1929, com a queda da bolsa de valores”. “Só nesse período do tarifaço do Trump, já são 9,9 bilhões de dólares. A minha preocupação: será que estamos em curso de uma terceira guerra mundial, com essa política do presidente americano?”, questionou.
