
O presidente Lula ainda busca políticas para garantir melhoria nos índices de popularidade de seu Governo, que nos primeiros meses deste ano têm sido de queda nas pesquisas mostradas até aqui. Para parlamentares cearenses, é preciso que medidas mais concretas sejam feitas para reduzir o valor dos produtos nos supermercados, visto ser esse um dos fatores da impopularidade da gestão.
De acordo com o deputado Renato Roseno (PSOL), há um descontentamento com a inflação de alimentos, segundo ele causado pela taxa de câmbio. Ele citou, por exemplo, o caso do café, que no ano passado bateu recorde de exportação, onde o produtor fez o cálculo de vender para o mercado externo ao invés para o interno, pressionando o preço do produto no Brasil.
“Isso fez o preço aumentar. O mercado de alimentos também é outro problema para a gestão. Não existe falta de alimentos, mas segue o mesmo problema da taxa de câmbio. A segunda questão é que o Governo precisa comunicar melhor os indicadores macroeconômicos e também divulgar suas políticas sociais”, destacou o socialista. Para ele, o Governo Lula 3 tem 18 meses para resolver essa questão. “Tem que dar tempo”.
Para Heitor Férrer (União), o Governo Lula tem apresentado o índice de desemprego mais baixo da história do Brasil, além de uma extrema arrecadação. No entanto, tem-se gastado muito, o que faz com que juros sejam aumentados para conter os gastos. Além disso, ele aponta com item desfavorável para a gestão, apesar dos gastos com políticas sociais, que seria o preço dos alimentos.
“O supermercado está matando o Governo Lula. Não adianta ter o emprego, se o salário é todo deixado com ovos, com a carne, com o café. Nisso o Governo se atropela. Ou ele adota políticas para baratear o mercado onde compramos nossa comida, ou vai ter dificuldades para reconduzir o Lula”, disse.
Ainda de acordo com Férrer, a economia demora para dar respostas, lembrando ele que foi a última área a se recuperar. “Isso acontece porque ela não obedece Lei, decretos ou editais provisórios”, pontuou.