
Uma eventual aliança entre Ciro Gomes (PDT) e quadros do bolsonarismo no Ceará tem levado petistas a se posicionarem sobre o tema na Assembleia Legislativa. Na manhã desta terça-feira (20), os deputados De Assis Diniz (PT) e Missias Dias (PT) voltaram a criticar a proximidade entre o líder pedetista e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em seu pronunciamento, Diniz respondeu a um slogan que a oposição está querendo construir com o lema “salvar o Ceará”, principalmente, no que diz respeito à área da Segurança, o calcanhar de Aquiles do Governo. Segundo ele, “a tragédia dos brasileiros abaixo da linha de pobreza tem nome. O projeto que negou a ciência. O escândalo do INSS. QUem deu Lei para o aparato funcionar se não foi o Jair Messias Bolsonaro? Quem era o chefe se não o Careca do INSS? Doador e financiador de campanha?”, apontou.
Ainda de acordo com ele, 624 mil cearenses saíram da linha de pobreza, com maior investimento proporcional na área. Além disso, 200 mil tablets foram distribuídos para alunos da rede de ensino integral e hospitais foram construídos. “Quando estamos falando em salvar, o Ceará foi o maior gerador de emprego. De uma economia que traz a estratégia de um governador de honrar o que diz”, afirmou.
“Vamos chegar ao processo eleitoral, mas não vamos cair na armadilha de deixar de governar para antecipar eleição. A eleição chegará no momento certo. Teremos bons nomes, venha quem for. Chegará o momento em que vamos discutir. Esse é o momento de fazermos as entregas. Vamos estar prontos para fazermos as entregas”, disse.
“Se a extrema direita se uniu com setores que tiveram uma função no passado, problema de quem se uniu” – (De Assis)
Missias Dias corroborou com o colega petista, e ironizou o café da manhã da oposição. “Nós ‘come’ é buchada com cuscuz. Não estamos preocupados com o Ciro. Ele foi derrotado quatro vezes, inclusive, por nós do PT. O que estranha é que como um sujeito que se identificou com os princípios brizolistas, agora se junta com os bolsonaristas”, disparou. Ainda de acordo com o parlamentar, “quem é Ciro é Bolsonaro, quem é Bolsonaro é Ciro”.