
Depois de diálogo interno e conversa com o governador Elmano de Freitas, o presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) confirmou que a sigla passa a integrar, oficialmente, a base governista no Ceará. No entanto, apesar dessa decisão em nível partidário, os quatro deputados que estão filiados à sigla na Assembleia Legislativa permanecerão fazendo oposição ao Governo do Estado.
Fazem parte do PDT na Casa Legislativa os deputados Queiroz Filho, Lucinildo Frota, Antônio Henrique e Cláudio Pinho, todos aliados de Roberto Cláudio, Sarto e Ciro Gomes, que fazem oposição à atual gestão. Cláudio Pinho participou de reunião do partido que deliberou por essa decisão, mas ele não está de acordo com a medida.
Os quatro deputados pedetistas devem permanecer no partido até abril do próximo ano, quando devem aproveitar a chamada “janela partidária” para deixarem a agremiação e migrarem para outra sigla. A ideia inicial da maioria é se filiar ao União Brasil, partido para onde Roberto Cláudio deve ir. No entanto, há um debate de lideranças governistas do Ceará para atrair o partido para a base.
O governador Elmano de Freitas comemorou o ingresso oficial do PDT em seu arco de aliança, destacando a necessidade de fortalecer a relação com a sigla pedetista. Diferente dos deputados estaduais, os deputados federais do grêmio estão alinhados com a gestão petista no Ceará. São representantes cearenses pela sigla na Câmara Federal os deputados André Figueiredo, Leônidas Cristino, Mauro Filho e Robério Monteiro.
O PDT seguirá com essa posição ambígua até abril do próximo ano. Até lá, enquanto deputados estaduais estarão apontando falhas e fazendo críticas às ações do Governo, os deputados federais seguirão alinhados com o Executivo Estadual.