O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação nesta sexta-feira (30), tornando o líder da extrema-direita brasileira inelegível por oito anos. Esse foi o principal tema do dia no cenário político nacional e local. Enquanto bolsonaristas lamentaram a situação, políticos de esquerda comemoraram a decisão.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que a Justiça foi feita no caso de abuso de exercício do cargo do ex-presidente Bolsonaro. Ele destacou que quando o PDT pediu providências ao TSE, o partido queria “proteger a democracia e punir o abuso de poder político praticado por Bolsonaro. Bolsonaro inelegível por império da lei”, destacou.
Líder do Governo Lula na Câmara Federal, o deputado José Nobre Guimarães (PT) afirmou que o ataque às urnas contra de democracia tornou Bolsonaro inelegível pelo TSE. “Acabou! Que seja um aprendizado para que ninguém mais ouse rasgar nossa Constituição Federal, ninguém está acima da lei”.
Para a senadora Augusta Brito (PT), quando o ex-presidente perde, a democracia ganha. “Bolsonaro perdeu! Ganha a democracia”, apontou. Presidente nacional do PDT em exercício, André Figueiredo destacou que os membros da legenda estão honrados em poder contribuir para o fortalecimento da democracia ao ter proposto a ação.
“Um aviso para todas e todos aqueles que querem depreciar nossa democracia e o nosso Brasil perante ao mundo. Nos manteremos vigilantes”, disse. A vereadora Larissa Gaspar (PT) lembrou que o ex-presidente ficará oito anos sem se candidatar.
“Ex-presidente que usou dos poderes do cargo para atacar o sistema eleitoral e o regime democrático, está inelegível por oito anos! Grande dia”, disse a petista. Parlamentares do PSOL, PSB e outras legendas de esquerda e centro-esquerda também comemoraram o desfecho da ação.
Por outro lado, os bolsonaristas aliados do ex-presidente lamentaram a decisão. Na avaliação de Sargento Reginauro (UB), no Brasil “um homem condenado em três instâncias se torna presidente e o outro, sem condenações, se torna inelegível”.
“Injustiças”
O deputado Carmelo Neto (PL) disse que estará junto com Jair Bolsonaro, “independente das circunstâncias e das injustiças” A deputada Dra. Silvana (PL) e o deputado federal Dr. Jaziel também lamentaram a decisão e citaram versos da Bíblia em suas lamentações.
O vice-prefeito de Caucaia, Deuzinho Filho, disse que 70 mil caucaienses continuarão acreditando no ex-presidente. Já a ex-secretária do Ministério de Saúde na gestão Bolsonaro, a médica Mayra Pinheiro, afirmou que os bolsonaristas estarão”atentos, vigilantes, destemindos, a despeito dos dias assombrosos que vivemos”.