Os pedetistas que fazem oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) também se posicionaram na manhã desta terça-feira (04) sobre os rumos do partido no Ceará. De acordo com eles, o atual presidente da sigla, o deputado federal André Figueiredo, tem legitimidade de permanecer no comando da agremiação. Eles também apontaram possíveis casos de infidelidade partidária praticados por correligionários que não apoiaram Roberto Cláudio, o candidato da sigla ao Governo do Estado, no pleito do ano passado.
Apesar de demonstrar respeito pela liderança de Cid Gomes, o deputado Antônio Henrique questionou o interesse do senador em querer comandar novamente o partido, já que o fez no passado, durante o período eleitoral. Ele também lembrou que na semana passada o deputado Osmar Baquit levou o tema das desavenças internas para a tribuna e teria citado que uma comissão de pedetistas apoiadores de Roberto Cláudio foi formada para tratar do tema com André Figueiredo.
Henrique questionou, justamente, o fato de ter existido um grupo apoiador de Roberto Cláudio e outro que não teria apoiado o candidato da sigla. “Se existe um grupo que votou em Roberto Cláudio é porque existe outro que não votou. Se não votaram, houve infidelidade partidaria, porque tínhamos candidato. É preocupante saber que existem esses dois grupos, os que votaram no Roberto e os que não votaram”, pontuou.
Para Cláudio Pinho, o mesmo grupo que exige respeito a um posicionamento de convocação do diretório é o que não respeitou a decisão do mesmo diretório que escolheu Roberto Cláudio o candidato pedetista. “A direção do diretório e a convenção não foram respeitadas. Eu gostaria que os ânimos baixassem para podermos conversar sobre os rumos do partido”, frisou.
“Narrativas”
Também do grupo de oposição, Queiroz Filho rogou por um entendimento e defendeu André Figueiredo como nome reconhecido internamento como legítimo representante do diretório. “Qual o objetivo de antecipar essa discussão? São essas dúvidas que fico me perguntando, as construções de narrativas. Me questiono se não é só um argumento”.
Cláudio Pinho ainda frisou que não foi convocado pelo presidente da sigla para apoiar ou ser oposição ao Governo. “Não fui em nenhuma reunião partidária para tratar do assunto. Temos que colocar isso em pano morno para ver como o partido se encaminha. Melhor o PDT ter o que tem dentro do partido do que imaginar que tem algo que nunca vai ter”, concluiu.