O deputado Queiroz Filho (PDT) subiu à tribuna do Plenário 13 de Maio, na manhã desta quarta-feira (07), para rebater as críticas feitas pelo prefeito de Sobral, Ivo Gomes, ao ex-prefeito de Fortaleza e presidente municipal do Partido Democrático Trabalhista, Roberto Cláudio. O pedetista, assim como outros de seus pares, pediram respeito ao histórico do ex-gestor, fazendo um histórico da crise dentro da sigla após as eleições de 2022 no Ceará.
Conforme informou, em uma entrevista de rádio, Ivo Gomes teria atribuído a Roberto Cláudio a culpa pela divisão interna da siagla pedetista. Queiroz, porém, lembrou que houve uma decisão “legítima” entre os membros do partido, que defenderam um nome entre os pré-candidatos da sigla ao Governo do Estado.
Ele chegou a questionar informações de que um dos nomes já havia sido definido antes mesmo da votação interna e pediu respeito ao eleitorado, uma vez que os então pretensos candidatos, em 2022, fizeram visitas e se apresentaram à população.
“Houve uma exposição, não apenas daquelas quatro pessoas que estavam como pré-candidatos, mas também para todos nós que precisamos tomar partido para um ou para outro. Não acho que Roberto Cláudio poderia imaginar o que deveria ser feito em uma decisão legítima que houve do PDT”, ponderou.
Queiroz Filho ressaltou que o projeto que defendeu, durante as eleições passadas, perdeu, mas isso é da democracia e da política. “Estou aqui defendendo a posição que tomei na campanha. Em um tom de oposição, mas até muito construtiva, sem ser nada pessoal com o governador Elmano”, disse. Ele também lembrou que ninguém indicou para que ele fosse à tribuna fazer a defesa de Roberto Cláudio.
O deputado Antônio Henrique (PDT) questionou a atribuição dos problemas de divisão interna do PDT a Roberto Cláudio, afirmando que pesquisas apontavam o nome de Roberto como o que tinha maiores chances na disputa. “Não foi o Roberto que decidiu. Foi o próprio diretório que o nome dele seria o nome escolhido”, destacou.
As falas do prefeito Ivo Gomes têm gerado embates na Assembleia Legislativa. Recentemente, a Casa teve que se mobilizar para debater um requerimento do deputado Alcides Fernandes (PL), que repudiava posicionamentos do gestor de Sobral, que apontou a Igreja como “um dos grandes males da humanidade”. Depois de intenso debate, a base governista conseguiu derrubar a proposta.